sábado, 19 de julho de 2008

Um pouco de mim e de tantas mulheres, certamente...

No livro "A mulher de trinta" de Honoré de Balzac (escrito a mais de 150 anos) encontramos:
"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.
Ter trinta anos tem suas compensações...hahahaha. Mas sabe o que é mais interessante para mim? Perceber que tenho , hoje, menos medos do que tive antes. Passei de uma fase de nehum medo (na adolescências) para a fase dos muitos medos, tantos e tão terríveis, que me deixaram com muitas marcas. Meus próprios medos me feriram e não as pessoas. Hoje entendo isso. Agora, percebo, nos meus 33 anos, que os medos estão sumindo, aos poucos. Alguns medos ainda tentam me assombrar, mas são manchinhas que insistem em viver junto com os meus pensamentos, porém não chegam a tingí-los.
Hoje me sinto mais forte, mais firme, mais interessante apesar dos quilos a mais, das ruguinhas que começo a perceber no lábio superior e na pele que já não tem o mesmo brilho. Meus cabelos, tingidos, já não tem a mesma textura. Mas ainda percebo homens me olhando, desejando... já não são mais tão jóvens, mas apesar de eu não estar buscando um relacionamento, acho que eles são mais interessantes agora. Talvez minha forma de ver as coisas tenha mudado. E me sinto lisongeada com um elogio, um olhar, um comentário por mais discreto que seja. Fico quieta, como se não percebesse, mas o que me importa é que os homens olham para mim, porque percebem algo que talvez eu não mais perceba.
Enfim, envelhecer não é tão ruim assim, como parecia a dez anos. É difícil, mas minha vida nunca foi muito fácil mesmo... Então, que seja como tem que ser. Só quero aprender a usar o que tenho de bom, quero melhorar, quero valorizar mais tudo o que vivo... Vivi uma depressão que durou alguns anos e nunca mais quero viver isso. A minha fé em Deus e em mim me impedem de aceitar! Só aceito a luta pela felicidade, pois aos 33 anos, só estou começando...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A neurótica, intransigente, má, estúpida, louca, "briguenta", "barraqueira", estranha esposa...

Hoje, na hora do almoço, meu marido veio para casa. Estou em férias, então, estou cozinhando, pois só me animo para cozinhar assim, com muito tempo e à vontade. Fiz uma comida muito gostosa, na hora certa, como se fosse uma simples e feliz dona de casa, rs. Então, o ser com quem me casei percebe que sua jaqueta não está em cima do sofá da sala como ele costuma deixar - e vocês não imaginam o tanto de coisas que ele deixa em cima da estante e nos lugares onde elas jamais deveriam estar - ele procura desesperadamente sua blusa pela casa e a encontra guardada no quarto. Vem até a mim, na cozinha e diz "Ô neurose hein!!??". Neurose? Neurose?????????? eu só guardei a blusa, vc não viu nada. Tenho vontade de pegar todos os cacarecos, capas de CDs vazias, papéizinhos inúteis, chaves de portas que jamais abriremos novamente, jornais e revistas velhos e jogar tudo pela janela do apartamento. Imagino cada "coisinha"dele caindo em câmera lenta, como se fosse um filme europeu. Penso nesta cena com classe e esquisita como num filme europeu hehe, não quero imaginar uma cena no Brasil, na qual nos estapearíamos e ele gritaria "Neurótica, louca, vou te matar desgraçada" e talvez a janela fosse de uma favela... mas não, não. Ele viria até a mim e diria "Amor, vc necessita de um psiquiatra urgentemente. Precisa se controlar". E eu responderia "Vc também, amor".
E como terminaria a cena? Não sei... tenho assitido poucos filmes europeus ultimamente, pouca inspiração portanto.
Até mais. Beijinhos.
Acabei de encontrar frases de Honoré de Balzac:

O instinto nas mulheres equivale à perspicácia nos grandes homens

A mulher virtuosa tem no coração uma fibra a menos ou uma fibra a mais que as outras mulheres: ou é estúpida ou é sublime

Dentre todas as criaturas, a mulher é a mais perfeita: é uma criação transitória entre o homem e o anjo

As faltas das mulheres são acusações contra o egoísmo, o descuido e a nulidade dos maridos

O casamento feliz deve manter combate constante a um monstro que o pretende devorar: o hábito que leva ao tédio

O bom marido nunca é o primeiro a adormecer, nem o último a acordar

hahahahahahaha

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Sobre Honoré de Balzac (texto da internet):

Livro "A mulher de trinta anos"
O romance balzaquiano, quer seja adorado ou criticado, foi e continuará a ser incontornável.
A Mulher de Trinta Anos (1831), obra que integra já o romance de costumes, começou por ser publicada de forma irregular em revistas, entre 1830 e 1832, conhecendo, após várias composições da versão original, a sua versão final, tal como a conhecemos, integrada no terceiro volume de La Comédie Humaine.Organizado em seis partes, pretende apresentar a vida de uma mulher em episódios centrados cada um na idade e na situação da protagonista.O livro traça um retrato da condição da mulher aristocrático-burguesa da primeira metade do século XIX, em França, submetida às obrigações do casamento, impossibilitada de desfazer os laços do mesmo quando se sente enganada nas expectativas de uma vida em comum, ao mesmo tempo que regista o perfil de uma mulher intelectualmente independente, determinada, culta, sensível, e, por isso, vítima heróica e martirizada dessa mesma condição.

Nota do autor«É mais fácil ser amante do que marido pela simples razão de que é mais difícil estar disponível todos os dias do que dizer coisas agradáveis de vez em quando.»Honoré de Balzac

Mulher polvo, eu????

Sim, vou começar assim, contando a todas os meus amigos - porque internet tem dessas coisas, todos nos sentimos amigos uns dos outros rsrs - que escolhi esse nome mulher polvo devido à vida louca vida que nós mulheres temos... e, se não temos muitos braços como um polvo (braços!?), temos que criá-los. Mulher não precisa ter muita coisa, ela inventa. Seja pelos filhos, pelos pais, pelo marido, pelo namorado, pelos vizinhos, pelos colegas de trabalho... ela tira coisas do arco-da-velha (que antigo, meu Deus!) para "abençoar" os seus.
ah, e por que Vy Balzak? Bom, claro que vcs devem ter percebido que meu nome não é este, mas é uma homenagem a alguém que se interessou pelas mulheres da minha idade rs.
Volto logo. Beijinhos.